quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

SE PUL TURA



Voltamos à grande banda brasileira do século XX, a mais conhecida no mundo inteiro, a de maior sucesso internacional, e provavelmente a única que fazia shows para uma maioria de não brasileiros no exterior (com exceção dos Paralamas na América Latina).

Já postamos o grande e sensacional álbum 'Roots' e agora começo a seqüência de bons discos que chegaria ao auge no já citado.

'Schizophrenia' marca algumas mudanças fundamentais no grupo: a entrada de Andreas Kisser, a mudança para um som mais thrash metal e heavy tradicional (ao invés do death metal anterior) e um salto enorme na qualidade do som (produção, gravação e masterização).

A porradaria começa com uma intro com violino e sintetizadores (a cargo de Henrique 'Pouso Alto', hoje conhecido como Henrique Portugal, membro do Skank) e um grito gutural aparentemente revertido em estúdio do Max Cavalera.
Daí pra frente é 'paulada na moleira', som 'trampado' (gíria metaleira, se vc não entende, não adianta eu explicar) com eventuais calmarias acústicas pra dar contraste, como todo bom álbum de Metal.

As músicas são bem diferentes, com muitas mudanças de andamento, quebras de levadas e um som muito, muito bom. Mas o som, pra quem não gosta do estilo, é parecido mesmo.

Difícil destacar alguma música, mas 'From the past comes the storm', 'To the wall' e 'Escape to the void' são minhas preferidas.
A grande música é 'Inquisition Symphony', uma instrumental maravilhosa. Lembro quando ouvi no programa Guitarras da finada Fluminense FM de Niterói e, gravando em fita cassete, não acreditava que era o mesmo grupo tosco que não me interessava muito. Mostrava para os amigos e ninguém adivinhava que grupo era...
Esta mesma música foi regravada pelo grupo instrumental Apocalyptica, com 4 violoncelos, vale a busca.

Ainda não é original como o grupo viria a se tornar a partir dos discos seguintes, mas já soa autêntico e chamou atenção da mídia especializada no mundo todo.

Foi o último álbum pela gravadora Cogumelo de Minas Gerais (que, entre outros, também lançou o primeiro do Pato Fu), pela qual a banda já tinha lançado o Bestial Devastation (dividido com o Overdose) e o Morbid visions.

O disco foi lançado nos EUA pela New Renaissance e em seguida o grupo assinou com a Roadrunner.

Lançado em 1987, foi relançado em 1990 com a regravação de 'Troops of doom' e novamente relançado em 1997 com 3 demos/rough mixes.

Bom pra caralho!

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